Faz algum tempo que venho me atrevendo a correr. Faço parte de um saudável grupo de pessoas que participam de corridas de rua.
Tudo começou por brincadeira e eu não levava os treinos muito a sério, até o dia que fui ao cardiologista e ele descobriu que tenho “um tal” de bloqueio cardíaco. Calma, calma.... vaso ruim não costuma quebrar fácil e meu pequeno probleminha serviu exclusivamente para me incentivar a manter uma disciplina com os treinos para corrida, afinal, o cardiologista disse que o único esporte que não posso praticar é mergulho (zen demais para um coração tão agitado). Enfim, desde então, vou correndo (literalmente). Corro na vida pessoal, corro na profissional e corro por esporte.
Já enfrentei vários muros. Cansaço, asma, subidas, calor, mas na última corrida meu principal adversário foi a dor.
Apesar de todo trabalho muscular para fortalecer esta sofrida parte do corpo, que suporta tanto impacto, há uns trinta dias que tenho sofrido dores no joelho. Teimosa como sou, não quis deixar de participar de um Circuito no último domingo.
Lá fui eu... totalmente sem juízo para mais uma deliciosa corrida... A única estratégia que preparei foi: não parar. Sabia que se parasse não agüentaria continuar e, terminar uma prova é algo indiscutível para mim. Se eu começar, vou até o fim, nem que seja pulando como um saci-pererê.
Não tenham dúvidas de que doeu e doeu muito. E esta dor me fez pensar em outras dores e como podemos administrá-las.
São tantas dores que enfrentamos pela vida afora... Dores físicas, espirituais, emocionais. E será que é possível ser racional diante de alguma delas? Talvez seja. E, resistir às dores, não deixa de fazer parte do nosso processo de crescimento.
Tudo começou por brincadeira e eu não levava os treinos muito a sério, até o dia que fui ao cardiologista e ele descobriu que tenho “um tal” de bloqueio cardíaco. Calma, calma.... vaso ruim não costuma quebrar fácil e meu pequeno probleminha serviu exclusivamente para me incentivar a manter uma disciplina com os treinos para corrida, afinal, o cardiologista disse que o único esporte que não posso praticar é mergulho (zen demais para um coração tão agitado). Enfim, desde então, vou correndo (literalmente). Corro na vida pessoal, corro na profissional e corro por esporte.
Já enfrentei vários muros. Cansaço, asma, subidas, calor, mas na última corrida meu principal adversário foi a dor.
Apesar de todo trabalho muscular para fortalecer esta sofrida parte do corpo, que suporta tanto impacto, há uns trinta dias que tenho sofrido dores no joelho. Teimosa como sou, não quis deixar de participar de um Circuito no último domingo.
Lá fui eu... totalmente sem juízo para mais uma deliciosa corrida... A única estratégia que preparei foi: não parar. Sabia que se parasse não agüentaria continuar e, terminar uma prova é algo indiscutível para mim. Se eu começar, vou até o fim, nem que seja pulando como um saci-pererê.
Não tenham dúvidas de que doeu e doeu muito. E esta dor me fez pensar em outras dores e como podemos administrá-las.
São tantas dores que enfrentamos pela vida afora... Dores físicas, espirituais, emocionais. E será que é possível ser racional diante de alguma delas? Talvez seja. E, resistir às dores, não deixa de fazer parte do nosso processo de crescimento.
Normalmente, toda dor é assim, há um momento em que percebemos que ela vem chegando (normalmente surgem sinais) e fazemos questão de não respeitar sua importância. Mas ela está lá. Existe e é real. Podemos derrotá-la no primeiro round, ou, continuamos nosso caminho e a jogamos para debaixo do tapete, na esperança de que em alguma hora ela vá embora sozinha.
Mas ela não vai, e é inevitável que o segundo momento da dor desabroche. Ela aumenta progressivamente e tentamos, como um paliativo, nos concentrar em outras coisas que nos desvie a atenção. Chegamos a pensar que ela se foi, porém mais uma vez nos enganamos, pois ela volta ainda mais forte, porque não foi medicada no tempo certo. E são nessas horas, que dá uma vontade enorme de desistir e se entregar a dor tão intensa.
Só que dor intensa é estranha, quando achamos que já não vamos mais suportar, tudo parece anestesiado e aí nada mais nos detém. Vivemos o perigo de nos acostumar com a dor ou, podemos optar em nos libertar dela. Na mesma proporção em que nos enfraquece, ela nos fortalece para lidar com suas nuances na esperança de cruzarmos a tão esperada “linha de chegada”.
Vencer ou ser derrotado por ela... mais uma vez, é uma questão de escolha!
Mas ela não vai, e é inevitável que o segundo momento da dor desabroche. Ela aumenta progressivamente e tentamos, como um paliativo, nos concentrar em outras coisas que nos desvie a atenção. Chegamos a pensar que ela se foi, porém mais uma vez nos enganamos, pois ela volta ainda mais forte, porque não foi medicada no tempo certo. E são nessas horas, que dá uma vontade enorme de desistir e se entregar a dor tão intensa.
Só que dor intensa é estranha, quando achamos que já não vamos mais suportar, tudo parece anestesiado e aí nada mais nos detém. Vivemos o perigo de nos acostumar com a dor ou, podemos optar em nos libertar dela. Na mesma proporção em que nos enfraquece, ela nos fortalece para lidar com suas nuances na esperança de cruzarmos a tão esperada “linha de chegada”.
Vencer ou ser derrotado por ela... mais uma vez, é uma questão de escolha!
Quem sou eu para simplificar as dores alheias. Cada um sabe o limiar de sua dor. Apenas transpus uma experiência física para meu mundo de "devaneios"... E por falar nisso, a minha dor física está aqui. Ficou um tempo debaixo do tapete, desviei minha atenção, senti-me anestesiada, usei toda minha força para vencer um desafio. Mas sei que é necessário derrotá-la e para isso preciso deixar a teimosia de lado e encarar que o problema físico existe e já passou da hora de ser resolvido, como muitos outros problemas que adiamos e se transformam em dores em nossas vidas.