Ser criança é muito bom. Puras, intensas e aproveitam até o ultimo caldinho da goma de mascar, lambem o palito do picolé, o sal dos dedos depois de comer a batata frita, e lambem até o prato (se não as repreendemos).
Crescem, vão conhecendo as “maldades” do mundo, vão aprendendo que existem caminhos, algumas vezes são chamadas a escolhe-los, aprendendo e descobrindo as verdades além dos muros de suas casas.
"Adolescem", questionam os aprendizados recebidos até ali, revoltam-se ou não. Começam a ter verdadeiramente seus espaços. Fazer escolhas torna-se algo mais angustiante, porém necessário. Vivem um mundo de dúvidas interiores.
Ficam jovens, são donos do mundo e do tempo (que não pára) e precisam correr contra ele. O que aprenderam em casa soma-se ao que aprendem diariamente na rua, no trabalho, nos relacionamentos.
Chega a vida adulta e madura, já cheios de responsabilidades, aprendem que não são donos nem do tempo nem do mundo, mas são felizes (ou não) com suas escolhas. Se têm filhos, retransmitem conhecimentos, criam novas formas de educar e aprendem lidar com ansiedades e frustrações.
Chega então a velhice... a bagagem está cheia de uma longa caminhada, afinal, aqui é possível ter nossas vidas repassadas em forma de reflexões. E foi sobre esse momento da vida que ouvi algo que tocou minha alma adulta: precisamos sair dessa vida melhores do que entramos.
De crianças puras a idosos que, muitas vezes, não aprenderam nada com a vida, simplesmente passaram por aqui.