Hoje vou ser breve.
Estava revendo umas fotografias e me dei conta de uma constante: em várias ocasiões abro os braços ao ser fotografada.
Este fato hoje, especialmente hoje, chamou-me a atenção. Convidou-me a refletir.
Em primeira análise busquei identificar quando foram tiradas (se em viagens, corridas, festas). Em segunda análise, tentei resgatar na memória como me sentia naquele momento.
Braços abertos são uma mistura de alegria, com liberdade, doação e gratidão. Tem de tudo um pouquinho. As vezes, até leve sacrifício em começar a fazer algo que não queria, mas que depois isto se reverte em profunda felicidade. Um ato involuntário, mas que vem como uma onda, da ponta dos pés aos dedos das mãos, espalhando-se em forma de sorriso estampado no rosto.
Como em um desenho animado, uma florzinha enroladinha ao amanhecer, que ao ver o sol, se desenrola e abre suas pétalas alegremente, brindando um novo dia que acaba de chegar.
Braços abertos para abraçar cada momento que foi eternizado através da foto.
Braços abertos para agradecer a oportunidade de estar ali, naquele momento.
Braços abertos como se eu fosse realmente sair voando por aí.
Braços abertos para a vida...
Cada uma tem vibração e intensidade próprias. Cada um tem seus motivos para abrir ou não os braços. Para agradecer ou lamentar, para ser livre ou preso nas cadeias criadas por si mesmo, que impedem de sonhar, de buscar novas alternativas ou até mesmo de usufruir cada preciosa gota de vida que nos é diariamente renovada.
Armar ou desarmar, receber ou se trancar, doar ou negar? Tudo bem, passamos por momentos sem cor em que não é possível abrir os braços, mas nada nos impede de renascer, mais fortalecidos e dispostos a seguir em frente.
Para quem não experimentou, eu recomendo! Solte-se, abra os braços, como se fosse abraçar algo enorme, como a vida, por exemplo. Você vai perceber que, se esforçar-se, conseguirá abrir os braços ainda mais um pouquinho.