Não é segredo para ninguém que a minha terceira paixão são os livros. Amo-os de todo coração, o que pode ser incompreensível para muita gente. A minha a relação com aqueles aglomerados de papel cheios de vida, vai além do convencional. Preciso tocá-los, senti-los, precisam ser meus. Algo bem possessivo, e mesmo com toda minha inclinação para o novo e para o avanço tecnológico, o famoso e-book, bem como o audiobook ainda não conseguiram me seduzir.
Gosto de vários estilos, vários autores, mas há três anos ganhei de uma amiga querida, um livro “viajante”. Ela me propôs uma espécie de “clube de leitura” para discutirmos o tal livro. A autora é de uma criatividade incrível e uma capacidade de materializar o impossível que me faz encantada pela estória (que parece não ter fim). Graças a estes livros, minha obsessão em viajar ganhou novo objetivo: a Escócia!
Não dominar a língua inglesa configurou-se agora em um enorme problema em minha vida. Estes amados livros são lançados em português, uma vez ao ano, ou seja, quando acabo um volume, preciso esperar mais um ano para conseguir ter o próximo. Tudo bem que cada volume tem em média 800 páginas, mas elas esvaem-se em poucos dias e fico impotente diante disso.
Este ano, li os primeiros capítulos, como um esfomeado devora uma mesa farta. Mas quando percebi que, naquele ritmo, eu terminaria o livro rapidamente, comecei a economizá-lo. Parece papo de gente doida, mas acreditem, não sou tão doida assim. Ficava três ou quatro dias sem ler, na esperança de adiar mais um pouco a despedida.
Só que não teve jeito... chegou um momento em que eu precisava saber o que aconteceria e lá estava eu nas páginas finais.
O mais divertido é que no tempo de “abstinência” eu discutia comigo mesma sobre as possibilidades da continuidade do livro. Normalmente a autora faz tudo fora do previsível, o que nos deixa com um “gostinho de quero mais” bem aguçado.
O quarto (dos sete volumes) acabou, e fiquei com uma sensação de perda. Vivo uma espécie de luto. Vou digerindo esta quase tristeza na esperança de uma ressurreição, que pode vir através de um outro livro qualquer. Mas preciso de ao menos uma semana para começar nova viagem.
Livro bom é assim, não gosto de despedir-me dele. Como sei que encontrarei outro, passo os dedos pela estante dos que ainda não li e troco olhares com cada um deles, na busca de novos personagens, novos lugares, novo encanto. Ao encontrá-lo, torna-se inevitável embarcar nos momentos de alegria das pequenas folgas diárias, mesmo sabendo que novo luto virá, nova busca, novo encontro, nova alegria... enquanto existirem bons autores, este ciclo não terá fim (ao menos para mim).
Ah! Para quem quiser algo “viajante” para se distrair, indico os livros da Diana Gabaldon.
Gosto de vários estilos, vários autores, mas há três anos ganhei de uma amiga querida, um livro “viajante”. Ela me propôs uma espécie de “clube de leitura” para discutirmos o tal livro. A autora é de uma criatividade incrível e uma capacidade de materializar o impossível que me faz encantada pela estória (que parece não ter fim). Graças a estes livros, minha obsessão em viajar ganhou novo objetivo: a Escócia!
Não dominar a língua inglesa configurou-se agora em um enorme problema em minha vida. Estes amados livros são lançados em português, uma vez ao ano, ou seja, quando acabo um volume, preciso esperar mais um ano para conseguir ter o próximo. Tudo bem que cada volume tem em média 800 páginas, mas elas esvaem-se em poucos dias e fico impotente diante disso.
Este ano, li os primeiros capítulos, como um esfomeado devora uma mesa farta. Mas quando percebi que, naquele ritmo, eu terminaria o livro rapidamente, comecei a economizá-lo. Parece papo de gente doida, mas acreditem, não sou tão doida assim. Ficava três ou quatro dias sem ler, na esperança de adiar mais um pouco a despedida.
Só que não teve jeito... chegou um momento em que eu precisava saber o que aconteceria e lá estava eu nas páginas finais.
O mais divertido é que no tempo de “abstinência” eu discutia comigo mesma sobre as possibilidades da continuidade do livro. Normalmente a autora faz tudo fora do previsível, o que nos deixa com um “gostinho de quero mais” bem aguçado.
O quarto (dos sete volumes) acabou, e fiquei com uma sensação de perda. Vivo uma espécie de luto. Vou digerindo esta quase tristeza na esperança de uma ressurreição, que pode vir através de um outro livro qualquer. Mas preciso de ao menos uma semana para começar nova viagem.
Livro bom é assim, não gosto de despedir-me dele. Como sei que encontrarei outro, passo os dedos pela estante dos que ainda não li e troco olhares com cada um deles, na busca de novos personagens, novos lugares, novo encanto. Ao encontrá-lo, torna-se inevitável embarcar nos momentos de alegria das pequenas folgas diárias, mesmo sabendo que novo luto virá, nova busca, novo encontro, nova alegria... enquanto existirem bons autores, este ciclo não terá fim (ao menos para mim).
Ah! Para quem quiser algo “viajante” para se distrair, indico os livros da Diana Gabaldon.