
Eu tenho o privilégio de possuir um observatório natural em casa, capaz de me fazer refletir sobre vários momentos da vida.
E, em um desses momentos de observação, que acontecia enquanto as crianças brincavam alegremente pela casa, fui tomada por um pânico de silêncio. Foi como se eu tivesse saído daquele “plano” e fosse levada para outro totalmente desconhecido.
Talvez influenciada por um amigo, que me contava que a filha moraria um ano no Canadá, eu me senti dividida com a possibilidade absolutamente real disso acontecer. O silêncio era fruto de uma visão da saída dos meus filhos de casa.
O tão falado “ninho vazio” é inevitável e absolutamente saudável na vida de uma família. Mas comecei a me questionar sobre o que, efetivamente, estou fazendo para quando este momento chegar.
A ciranda do dia-a-dia deixa sobrar pouco tempo para este tipo de preocupação. Estamos tão felizes hoje, que parece que, pensar nessas coisas, é pura tolice.Vamos tocando o barco, seguindo a maré e podemos acordar em meio a um oceano de solidão acompanhada. E aí, a única coisa que pode acontecer é naufragar! O número de casais que se separam nessa fase de “ninho vazio” é grande. Por que isso tem acontecido?
Nos diversos grupos de casais que participei, sempre ouvi falar sobre a necessidade de investir tempo no relacionamento, e penso que, de fato, tenho investido sim. Curto fazer surpresas, organizar viagens a dois, assistir filme juntinhos, preparar o prato predileto. E pergunto-me: quanto? Como? Será que serão suficientes para que o silêncio deixado pelos filhos não ensurdeça um relacionamento de anos?
A “inclusão social” dos filhos em tudo que fazemos é simplesmente deliciosa e na maioria das vezes, prioritária, mas os programas a dois são tão importantes quanto. É preciso saber dosar, reaprender a viver a dois.
Uma vez li um texto que dizia que temos que nos casar com alguém com o qual gostamos de conversar. Concordo, mas acrescento a esta receita uma infinidade de “pitadas” de temperos úteis e indispensáveis para uma união feliz, principalmente após a saída dos filhos. Cada um que repense a receita mais apropriada ao seu tipo de vida e de relacionamento. Eu, começo hoje uma nova dieta, na qual a única coisa que quero perder, são as possíveis brechas da distância, para evitar que elas preencham o vazio deixado pelos filhos.
Sei que quero um “ninho vazio” bem aconchegante e paradoxalmente, bem cheio de todo amor que transbordou em mim no dia em que entrei naquela igreja e disse que poderia amar e respeitar alguém tão especialmente escolhido, todos os dias da minha vida. Que essa “fala” seja livre como é meu espírito, leve como são meus pensamentos e forte como são meus sentimentos.
Não consigo cogitar da idéia de me ver “condenada” a viver com alguém. Não quero como sentença, um fim de vida infeliz. Portanto é a hora (sempre é hora) de investir em nossos relacionamentos, lembrando que, em muitos momentos, a criatividade terá que superar as finanças.
E, em um desses momentos de observação, que acontecia enquanto as crianças brincavam alegremente pela casa, fui tomada por um pânico de silêncio. Foi como se eu tivesse saído daquele “plano” e fosse levada para outro totalmente desconhecido.
Talvez influenciada por um amigo, que me contava que a filha moraria um ano no Canadá, eu me senti dividida com a possibilidade absolutamente real disso acontecer. O silêncio era fruto de uma visão da saída dos meus filhos de casa.
O tão falado “ninho vazio” é inevitável e absolutamente saudável na vida de uma família. Mas comecei a me questionar sobre o que, efetivamente, estou fazendo para quando este momento chegar.
A ciranda do dia-a-dia deixa sobrar pouco tempo para este tipo de preocupação. Estamos tão felizes hoje, que parece que, pensar nessas coisas, é pura tolice.Vamos tocando o barco, seguindo a maré e podemos acordar em meio a um oceano de solidão acompanhada. E aí, a única coisa que pode acontecer é naufragar! O número de casais que se separam nessa fase de “ninho vazio” é grande. Por que isso tem acontecido?
Nos diversos grupos de casais que participei, sempre ouvi falar sobre a necessidade de investir tempo no relacionamento, e penso que, de fato, tenho investido sim. Curto fazer surpresas, organizar viagens a dois, assistir filme juntinhos, preparar o prato predileto. E pergunto-me: quanto? Como? Será que serão suficientes para que o silêncio deixado pelos filhos não ensurdeça um relacionamento de anos?
A “inclusão social” dos filhos em tudo que fazemos é simplesmente deliciosa e na maioria das vezes, prioritária, mas os programas a dois são tão importantes quanto. É preciso saber dosar, reaprender a viver a dois.
Uma vez li um texto que dizia que temos que nos casar com alguém com o qual gostamos de conversar. Concordo, mas acrescento a esta receita uma infinidade de “pitadas” de temperos úteis e indispensáveis para uma união feliz, principalmente após a saída dos filhos. Cada um que repense a receita mais apropriada ao seu tipo de vida e de relacionamento. Eu, começo hoje uma nova dieta, na qual a única coisa que quero perder, são as possíveis brechas da distância, para evitar que elas preencham o vazio deixado pelos filhos.
Sei que quero um “ninho vazio” bem aconchegante e paradoxalmente, bem cheio de todo amor que transbordou em mim no dia em que entrei naquela igreja e disse que poderia amar e respeitar alguém tão especialmente escolhido, todos os dias da minha vida. Que essa “fala” seja livre como é meu espírito, leve como são meus pensamentos e forte como são meus sentimentos.
Não consigo cogitar da idéia de me ver “condenada” a viver com alguém. Não quero como sentença, um fim de vida infeliz. Portanto é a hora (sempre é hora) de investir em nossos relacionamentos, lembrando que, em muitos momentos, a criatividade terá que superar as finanças.
June
ResponderExcluirpara os que cultivam o amor verdadeiro a cada dia, as coisas acontecem naturalmente. Também com o bater asa dos filhos. Eles vão dando sinais, vão indo de mansinho, e qdo vc assusta, já se foram...Mas para quem plantou, êles não vão de fato, sempre voltam, e não estão mais sozinhos, agregam pessoas novas as nossas vidas, noras , netos...é muito gostoso, como é gostoso tb, estar a 2 outra vez, com mais tempo para nós , para curtir, namorar...Ai vc verá que não a condenação em viver até o fim com aqule que vc escolheu para caminhar pela vida com vc. O que há é um prazer imenso, uma alegria, um contentamento continuar juntos por uma estrada sem horizontes...
Querida Ortencia! Lindo seu comentário e penso que Deus faz muita diferença nessa caminhada e em nossas escolhas. Mas para você viver tudo isso que vive hoje, com seu "ninho vazio" com certeza é porque cuidou do seu relacionamento e plantou momentos especiais para vocês. Tudo isso está sendo refletido hoje, é a colheita!!!!! A colheita que quero para mim.
ResponderExcluirbjs no coração!
ju
Olha, voce me fez chorar lendo!!! Isso diz alguma coisa???
ResponderExcluirPed
emocionei com tudo...tirei a tarde para ler seus escritos...e está fechou com "chave de ouro". Estou nesta situação de ninho vazio por um tempo, mas aproveitamos para enamorar e senti que é tudo de bom tbm! Como disse a Ortencia (temtem) os filhos têm que voar...mas a Kiara (a Beagle da Fran) essa vai ficar aqui em casa...rsrsrs
ResponderExcluirBeijinhos
PoPó