sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Adeus Quadradinhos


Dois mil e nove foi um ano que terminou tão atropelado que nem tive tempo, ou inspiração, ou os dois juntos para escrever. Os “quadradinhos” ficaram inertes na página deste blog. Desculpem-me por isso!

Mas no dia 31 de dezembro fiz aquele tradicional “balanço” para ver com que saldo iniciaria minha conta pessoal em dois mil e dez.

Antes do ano acabar, tive tempo de ler no blog “Arquivo XX” (
http://arquivoxx.blogspot.com/ - recomendo!) um texto de Luciana von Borries que dizia, entre outras coisas muito pertinentes, que deveríamos tentar fazer uma lista de agradecimentos. E foi assim que comecei o “balanço”. Como as coisas mudam de perspectiva quando estamos dispostos a ver o seu lado positivo!

Eram tantos os motivos de gratidão: recuperação maravilhosa do infarto sofrido pela minha mãe, o diagnóstico em tempo hábil evitando o infarto do meu pai, o desenvolvimento normal dos meus filhos, meu marido me aturar por mais um ano (ai ai ai se ele confirmar esta fala...), minha casa gostosa e aconchegante, minhas viagens, minhas corridas, meus trabalhos na ONG, meus amigos, enfim, como a Luciana disse, a lista mental (a minha foi mental mesmo) foi ficando agradavelmente tão grande que sobrou pouco espaço para pedidos e promessas.

Depois de refletir sobre tudo de bom que Deus tem me presenteado, resolvi pedir paz. Apesar da paz gerada em função das coisas boas, eu quero para dois mil e dez, um ano de paz!

Abraço tantas causas alheias, sofro com várias delas, que paz cairia muito bem como motivo de gratidão na lista deste ano.

Minha casa sempre foi um reino de paz (exceto, claro, na hora do dever de casa das crianças, que normalmente é um momento desprovido de qualquer paz). Meu ambiente de trabalho foi repleto de paz (trabalhar com o objetivo de trazer melhorias às pessoas carentes, já traz uma paz “impagável”). Viagens, corridas, amigos que dão paz à alma. Então, o que pode tirar a paz de quem a tem suficiente?

Uma paz utópica... Desejar que os problemas dos outros não sejam tão sérios, que o trânsito seja menos violento, que a noite não seja movida por medos, que as escolas sejam ambientes seguros.

A paz que vem de dentro, esbarra na falta de paz dos tempos modernos.

Mas sonhadora que sou, não poderia deixar de pedir que neste ano, eu, você, todos nós, tenhamos um ano com um pouco mais de paz.

Um comentário:

  1. Nossa guria! Como vc é linda! Escreve bem, sempre tocando o coração da gente, pela delicadeza do texto. Amei. E ainda por cima como é generosa...embora um texto bom deva ser elogiado, poucos o fazem dessa maneira. Beijão, e muita Paz pra vc e td a família.

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