segunda-feira, 7 de junho de 2010

Muito prazer! Quero apresentar-lhe a você mesmo.


Seria inusitado se alguém nos dissesse uma coisa dessa, uma vez que pensamos nos conhecer muito bem.

Em parte, sabemos de nossas reações, nossos defeitos e qualidades, mas já vi gente se perder no meio do caminho e depois, não conseguir mais se reconhecer.
Complicado, não?

Já pensou como deve ser se olhar no espelho e, como diz a música do Lulu Santos, “a gente não se reconhece ali”. Acho que, em algum momento, todos nós já nos sentimos assim. Algo passageiro de resgate fácil. Se hoje eu “me estranhasse”, tentaria me reconstruir, porém um pouco melhorada (que óbvio!)

Somos o que repetiram para nós anos e anos ou somos a libertação de um cárcere do destino, fazendo assim uma nova história, um novo autoconceito.

Somos nossas lutas, nNossas vitórias e derrotas, nossos erros e acertos. Somos nossa coragem e covardia, egoísmo e desprendimento, somos nosso carinho e nossas carências, mas grandiosamente, somos. E como isso é maravilhoso! Viver sem precisar que ninguém nos apresente.

Podemos ser quem inventamos, mas somos realmente o que não dominamos.

Se você me perguntar como sou ou quem acha que sou, minha resposta obviamente irá depender de como você age/reage comigo, o que você permite que eu veja.

De uns, posso dizer que são amáveis, sensíveis, justos, inteligentes, encantadores ou até mesmo desligados. Os egoístas, insensíveis ou prepotentes, com certeza não ouvirão o que penso a seu respeito. Normalmente prefiro fazer suco saboroso e isso só é possível quando extraímos o melhor que percebemos no outro. Existem pessoas que olhamos para elas e dizemos: “não mudaria uma vírgula em você”. São aquelas que admiramos. Já outras... não vale a pena nem fantasiar uma mudança.

Tem gente que se esconde atrás de uma casca tão grossa que não conseguimos nem enxergar o que tem por dentro, mas usam isso para se proteger, porém, com o passar do tempo, essa casca vai se solidificando de tal forma, que fica difícil tirar o sujeito lá de dentro. Nem ele lembra mais quem é.

Como tudo na vida, existe o exacerbado e o insignificante, mas buscamos mesmo é o ideal. E o ideal é olharmos no espelho e sentirmos que aquele que vemos somos nós mesmos, sem precisar que o outro “nos apresente”. Com todas as nossas limitações e imperfeições a auto-aceitação é fundamental. E, sentir um orgulho nada prepotente ou narcisista do que somos, é sinal de que tudo vai bem.

E, depois de toda essa divagação, se por charme, ou por curiosidade você ainda quiser realmente saber o que penso a seu respeito, basta mostrar-se, terei o maior prazer em dizer o que vejo e apresentar-lhe a você mesmo!

2 comentários:

  1. Mais uma vez adorei. Fico imaginando onde foi buscar a inspiracao pra um tema assim... Estou agora esperando voce me apresentar a mim mesma, e lhe pergunto: "Quem sou eu? Como sou"?
    Parabens , o livro jah estah quase pronto e leitores nao faltarao. Sou a primeira da fila.
    Beijo carinhoso

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  2. Amiga, tenho me perguntado nos últimos dias quem realmente sou e me surpriendido com o que tenho visto. O tempo nos faz ver as coisas e pessoas de uma maneira diferente e nós acabamos nos deparando com coisas surpriendentes. Vc me reconheceu na última vez que me viu? Acho que já não sou mais a mesma e espero que tenha mudado pra melhor.
    Como diz a Tia Neide, seu livro tem me colocado pra pensar. Adoro vc e sempre achei que vc seria um sucesso. Vc continua a mesma June de sempre. bjs,
    Val

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