terça-feira, 30 de novembro de 2010

Vivendo e aprendendo. Será?


Minha filha, de 7 anos chega da escola e diz: “hoje foi o melhor dia da minha vida”, em outro momento ela diz: “esse foi o melhor filme que eu já assisti”, ou “você é a melhor mãe do mundo” , ou “eu tenho a professora que é mais cheirosa da terra” e assim vai uma lista interminável de coisas e pessoas incríveis.

Ser criança é muito bom. Puras, intensas e aproveitam até o ultimo caldinho da goma de mascar, lambem o palito do picolé, o sal dos dedos depois de comer a batata frita, e lambem até o prato (se não as repreendemos).

Crescem, vão conhecendo as “maldades” do mundo, vão aprendendo que existem caminhos, algumas vezes são chamadas a escolhe-los, aprendendo e descobrindo as verdades além dos muros de suas casas.


"Adolescem", questionam os aprendizados recebidos até ali, revoltam-se ou não. Começam a ter verdadeiramente seus espaços. Fazer escolhas torna-se algo mais angustiante, porém necessário. Vivem um mundo de dúvidas interiores.

Ficam jovens, são donos do mundo e do tempo (que não pára) e precisam correr contra ele. O que aprenderam em casa soma-se ao que aprendem diariamente na rua, no trabalho, nos relacionamentos.

Chega a vida adulta e madura, já cheios de responsabilidades, aprendem que não são donos nem do tempo nem do mundo, mas são felizes (ou não) com suas escolhas. Se têm filhos, retransmitem conhecimentos, criam novas formas de educar e aprendem lidar com ansiedades e frustrações.

Chega então a velhice... a bagagem está cheia de uma longa caminhada, afinal, aqui é possível ter nossas vidas repassadas em forma de reflexões. E foi sobre esse momento da vida que ouvi algo que tocou minha alma adulta: precisamos sair dessa vida melhores do que entramos.

De crianças puras a idosos que, muitas vezes, não aprenderam nada com a vida, simplesmente passaram por aqui.

2 comentários:

  1. June, penso que, para sairmos dessa vida melhor do que entramos é preciso ter consciencia de que o caminho percorrido na verdade é a busca da estabilidade emocional, para não dizer financeira, familiar e afetiva. Tudo , vibrando no coração quaisquer que sejam todas as outras circunstancias.
    Como sempre digo, amei seu texto que me faz dar asas aos meus pensamentos.
    Super Beijo PoPó

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  2. Obrigada, Popó! Sempre me incentivando... Que possamos deixar esse mundo com saldo positivo na contabilidade da vida. bjão!

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