segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Eu não sei cuidar de flores


Desde a juventude é normal que as mulheres sejam presenteadas com flores.

Comigo não foi diferente. Já ganhei inúmeras, até descobrir que uma margarida tem o mesmo valor que uma cesta repleta de flores raras.

Mas toda vez é a mesma história. Ganho flores, enfeito a casa com elas, sinto-me feliz e logo em seguida, a decepção: não sei cuidar!

Elas morrem por vários motivos: excesso de água, falta de água, excesso de sol, falta de sol, terra desnutrida, queda, enfim, qualquer coisa é motivo para que, não intencionalmente, eu assassine as pobrezinhas.

No meu último aniversário, umas amigas me deram uma orquídea maravilhosa e resolvi encarar o desafio: esta não vai morrer. Comecei tudo errado, molhava a coitada todos os dias e uma vizinha me advertiu sobre esta falha. Elas precisam de umidade e não de “molhança”.

Okay, você venceu, florzinha! Vou estudar sobre você.

Nesse meio tempo, matei os lírios que uma amiga trouxe carinhosamente em dia que veio almoçar com a família. Fiquei arrasada com a perda, mas segui em frente.

A internet é uma forte aliada quando precisamos saber algo sobre alguém, e este alguém é a Belinha (nome que dei para minha orquídea). Li sites e mais sites. Fiquei ainda mais confusa, mas selecionei informações que considerei úteis para a sobrevivência da Belinha.

Acho que estou cuidando direitinho dela, pois desde maio ela sobrevive. Virou uma companhia. Converso, elogio, cuido. É quase uma flor-filha.

Meu lado prático diz: nada de animais, nada de plantas. Eles representam mais uma atividade no meu dia-a-dia. A minha lista de tarefas já é tão extensa...

Os animais, ainda continuo irredutível, embora meu coração balance por um cãozinho. Mas as flores... são tão frágeis, dependentes e, ao mesmo tempo, exigem tão pouco (se comparada a tudo que faço o dia inteiro). Achei-me preguiçosa ao me defender com sua ausência.

Casa com flores fica ainda mais alegre porque (é óbvio) elas têm vida.

Vou a passos tímidos, visitando floriculturas, trazendo plantas novas, escolhendo exemplares “diferentes” e pensando qual deve ocupar qual local da casa.

Mais um serviço? Talvez mais uma diversão que não havia me permitido por ter uma vida tão corrida.

Um comentário:

  1. Aqui em casa, temos 2 "desafios" desta especie: uma orquidea que faleceu hoje depois de 10 meses(mérito do Wladi tamanha longevidade, que "adotou" a criança, com força e com vontade!) e uma bromélia, que é tratada como filha bastarda, mas que está firme e forte. Independente das dificuldades, que não são tantas assim, vale a pena ver a casa cheia de plantas e flores! Beijos, Ped

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